Isabel Cordovil cresceu entre freiras, padres e as maravilhas da internet pré-vigiada. O foco principal da sua prática tem sido a exploração contínua da palavra escrita, da objetividade e do mapeamento autobiográfico, através da criação ou transformação de matéria. Assumindo que a vida em si é performativa, o seu corpo de trabalho pode ser percebido como a documentação dessa performance de longa duração.
Desde que obteve o seu MFA na HEAD Genève e instalou o atelier em Lisboa, o seu trabalho tem-se centrado em desafios projeto a projeto que, com o tempo, revelam o que há de sólido e coerente entre todos eles: uma genuína paixão pela metamorfose poética do banal.
Integrante original do coletivo queer Rabbit Hole (regularmente presente na Galeria Zé dos Bois) o interesse por encontros e gestos performativos levou-a a procurar matéria e volumes no espaço, uma vezes chamados escultura, outras companheiras.