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  • The Air-Conditioned Nightmare
    09.04.2021—22.05.2021



    The Air-Conditioned Nightmare exhibition view | © Bruno Lopes





    The Air-Conditioned Nightmare exhibition view | What we dream we become, 2021, (in the center) | © Bruno Lopes





    The Air-Conditioned Nightmare exhibition view | © Bruno Lopes





    Heads down and eyes closed , 2021 | © Bruno Lopes





    Heads down and eyes closed , 2021 | © Bruno Lopes





    Heads down and eyes closed , 2021 | © Bruno Lopes





    Heads down and eyes closed , 2021 | © Bruno Lopes





    The Air-Conditioned Nightmare é a primeira exposição individual de Diogo Bolota na UMA LULIK__. O título desta exposição remete-nos para o título da obra literária de Henry Miller, cuja primeira edição foi lançada em 1945, após uma viagem realizada pelo autor nos EUA, em 1939. Oito esculturas conferem ao espaço expositivo o carácter da instalação que, tituladas com excertos do livro de Henry Miller, dialogam entre si. Quando entramos no espaço da galeria, a instalação confronta-nos com um todo, uma evocação de uma pintura tridimensional que nos convoca para os temas do espaço privado, do real e do não-real, da dissecação como metáfora da condição humana.

    – UMA LULIK__

     

    Por detrás da vidraça, o limbo entre o observador e o bloco operatório, o mascar de uma pastilha avermelhada. O sabor agridoce realça o nervosismo perante o decorrer da cirurgia de risco. Poderia ser um ente querido, mas o desgosto reside em saber que aquele ser poderá morrer sozinho.

    Desmembrar, desventrar, dissecar são verbos que desmantelam a complexidade da unidade ontológica. “Ser” não é um “pedaço” mas um todo.

    Quando reduzidos a pó, matéria elementar à vida, entramos num estado anterior ao nosso desígnio: o esqueleto. É irónico que um mamífero de grande porte ingira plâncton, metaforicamente não é mais do que poeira. Fisicamente somos pó…

    Somos indissociáveis do nosso espaço — na casa, o quarto, é a mais privada divisória, onde recolhemos ao lugar íntimo da cama. Quando deitados, vemos o escuro, vemos partículas desse mesmo pó. Este leito do sonho é movediço, uma fronteira com o real — estarmos acordados é algo ténue.

    – Diogo Bolota, 2021



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